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Precisamos falar sobre a estréia da nova temporada de “O Exorcista”

Sucesso tremendo no cinema na década de 70, O Exorcista é influência até hoje em diversos filmes de terror que vieram após ele. Baseado no livro homônimo, escrito por  William Peter Blatty, ganhou no ano passado uma continuação em formato de série na emissora FOX,  que aqui no Brasil foi transmitida pela FX.

Na primeira temporada nós conhecemos Tomás Ortega (Alfonso Herrera), um padre progressista que coordenava uma paróquia em Chicago, e o padre Marcus Keane (Ben Daniels), que trabalhava em um dos bairros mais pobres da Cidade do México, sendo  obcecado por sua missão religiosa.

O foco da história foi na família Rance,  que a primeira vista parece uma família comum, mas não para o instinto materno de Angêla (Geena Davis), que começa desconfiar na existência de uma presença demoníaca, que no decorrer do enredo fortalece e revela um grande segredo de sua vida para suas filhas e seu marido. Desesperada, ela implora por ajuda ao Padre Thomas, que se junta com Marcus Keane para enfrentar a obra do demônio colocando em prova sua fé, e o que acreditavam ser possível.

Com um índice de aprovação em 80% da crítica, a série mesmo não tendo a audiência esperada, ganhou uma segunda temporada que teve sua estréia simultânea no Brasil com os Estados Unidos nesta sexta-feira (29). Assim como já fizemos uma analise da série El Dandy, decidimos fazer desta vez algo diferente e analisar o primeiro episódio, e claro, sem spoiler.

O  1° capitulo, intitulado “Janus“, se passa seis meses após o encerramento da primeira temporada, onde depois de deixar Chicago, o Padre Tomás continua seu treinamento para se converter em um exorcista, sob o olhar de Marcus. Suas viagens os levam até Andy Kim (John Cho), um ex-psicólogo infantil que cuida de crianças e adolescentes em uma casa isolada, localizada em uma ilha privada de frente para a costa de Seattle.

O que tivemos nesta estréia? Muito suspense, mistério e ação, mas pouco terror. Não que isso tenha prejudicado o capítulo piloto, mas se você acredita que ao ver o primeiro episódio irá tomar aqueles típicos sustos que nos faz pular do sofá, não vai ser dessa vez.

Houve uma perseguição nos primeiros minutos, mas logo depois o ritmo ficou mais leve para que fossem apresentados alguns dos novos personagens. John Cho está muito bem em seu papel, até então é o que mais agrada do novo elenco. Ele se mostra um homem íntegro, amoroso com as crianças no qual está responsável, e ama o que faz.

Do elenco juvenil, não tivemos tempo suficiente para conhecer-los profundamente, principalmente Truck, que apareceu bem pouco, assim como a mais nova da turma, a pequena Grace. Shelby é um dos que se mostra mais religioso, já Verity, interpretada por  Brianna Hildebrand, que fez o filme Deadpoll, é revoltada e rebelde que não acredita em Deus. Por último temos uma criança com deficiência visual chamada Caleb,  e que prega um susto na “família”.

Outra personagem nova no elenco é a Rose,  uma conhecida antiga de Andy, que vai até o abrigo de crianças para fazer uma visita como se fosse uma especie de assistente social. Em determinado momento em que coisas estranhas começam acontecer, a troca de olhares dela para Andrew dá a entender que os dois não estavam assustados, e que possivelmente já teriam passado por algo assim no passado, mas isso só saberemos mais pra frente.

Voltando aos rostos já conhecidos por quem acompanhou a série no ano passado, temos um padre Tomás mais ousado e corajoso do que na temporada anterior, ainda sinto que ele vai nos surpreender mais, assim como foi nos capítulos finais da 1° temporada. Novas visões começaram o atormentar, e ele até então não consegue entender o que elas querem dizer, já Marcus, continua o mesmo sábio e bruto como antes, o que faz uma diferença enorme na trama.

Fazendo um comparativo com o primeiro capítulo da primeira temporada, com o primeiro da segunda, podemos afirmar que este foi menos parado do que o outro, pois já tivemos quase um exorcismo, já temos uma pessoa possuída, houve personagem desaparecido, cenas de ação, e até gente escutando vinil de trás pra frente “a lá” a lenda do disco da Xuxa. As imagens tiveram poucos cortes, o que é muito bom. Teve uma dosagem de suspense com um alívio nas apresentações do novo elenco, e cenografia está bacana, inclusive uma delas me lembrou o filme “O chamado“, e pra finalizar, o término do episódio foi recompensado com pontos de interrogações para segurar o telespectador até a próxima semana, ah e mais uma vez, escutamos a trilha sonora clássica do filme O exorcista, e quem prestou mais atenção nos créditos pode notar que houve uma dedicatória em homenagem ao autor William Peter Blatty, que faleceu em janeiro deste ano.

Inovador? Não, mas souberam trabalhar bem mesmo assim com um ritmo que não deixa o telespectador entediado, muito pelo contrário, deixa ele criar teorias, sendo até melhor que a introdução da primeira temporada, e olha que o episódio piloto da série foi muito bom. Infelizmente mesmo que não tenha sido corrido, senti a sensação do episódio ter sido curto. Ah e quase que me esqueço! O que dizer do intervalo comercial com o Inri Cristo vindo nos abençoar? Tão cômico, que será muito bem vindo para aliviar nos momentos em que as série for ficar mais tensa.

O Exorcista é exibida nas sextas-feiras às 23h30 pela FX, e para quem não tem TV por assinatura pode assistir pela página brasileira da série, The Exorcist Brasil, que estará sempre fazendo live quando o episódio estiver no ar, além de trazer novidades sobre bastidores, entre outras coisas.

Formado em jornalismo, amante de séries e filmes. Ouvinte de música latina e sertaneja. Pacífico e observador.

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